THEMBI ROSA
Espetáculo que fala por si em sua grandeza ontológica, mas ainda teve outro efeito grandioso: a “conversa” com a atmosfera da “Casa de Frontaria Azulejada”: “Verdades Inventadas”: toda habilidade da dança a serviço do pensamento sobre espacialidade, perspectiva do corpo diante de nossa claustrofóbica realidade e interconexão da corporalidade com ambiência desdobrando-se em desterritorialização rizomática infinita na nanorealidade do cotidiano. Thembi Rosa me fez pensar num “tríptico” entre as camadas do solo, o vídeo projetado numa das escoras do centenário casarão do Centro Velho de Santos e ainda uma abertura em sua abóboda estilizada onde divisava o infinito.
Reverbero o que dizia Pina Bausch e citei variadas vezes:
“Não me importa como se movem as pessoas, mas o que as faz mover”. O que foi entendido como “codefinição entre corpo e mundo, conceitualizo como “re-significação”. Como diria Ezra Pound sobre Poesia, diria que essa apresentação me fez ver-movimentos-signos carregados de significados polissêmicos: sem síntese encerrada : assíndetos do deslocamento em nosso cada vez mais rarefeito “caosmo”. Brilhante! (Flávio Viegas Amoreira)
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