AS MUITAS CONEXÕES
Realmente a programação desta Bienal Sesc de Dança está fazendo jus ao tema Conexões. Nestes primeiros dias, várias performances, espetáculos e intervenções mostraram a conexão da dança com o público e com outras artes, tudo ao mesmo tempo, agora.
Conexão número um: Estudos para Lesma, da baiana Sua Cia. Enquanto a bailarina Clara Trigo faz sua coreografia apoiada e, algumas vezes, pendurada na barra de balé fixada na parede da área de convivência, desenhos e efeitos visuais são criados e refletidos na parede por um retroprojetor, combinando com o momento da coreografia e da música. Todos os elementos criações da Sua Cia. “Nossa proposta é fazer conexões criativas”, revela Clara. E fizeram.
Conexão número dois: (Not) a Love Song, do francês Alain Buffard, apresentado no Teatro do Sesc, na noite desta terça-feira (dia 3). Um musical em português, inglês, francês e italiano. As legendas no alto do palco só ajudaram a plateia a entender os diálogos e canções dos quatro protagonistas, entre eles, um instrumentista fazendo o som ao vivo. Diante de tantas conexões, uma constatação: bailarinos podem cantar e muito bem!
Conexão número três: Não basta ir a uma espetáculo de dança, tem que participar. Em Jogos Coreográficos, espetáculo de dança contemporânea apresentado ao ar livre, o público dita às bailarinas os movimentos que eles próprios querem delas. Na performance Jam de Danças Urbanas, com Frank Ejara & Discípulos do Ritmo, de São Paulo, e Steven Haper, do Rio de Janeiro, o público, nas palmas, dá o ritmo ao sapateador, e pode, se quiser, dar o seu show particular na roda de dança. (Fernanda Mello)
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