sexta 02 de setembro de 2016
Home » posts

MAIS DE UMA ARTE

6 novembro 2009 Nenhum comentário
Black Swan - Cia. Gilles Jobin. Foto: Thierry Burlot

Black Swan - Cia. Gilles Jobin. Foto: Thierry Burlot

Assistindo ao paulistano Núcleo Fronteiras, com seu espetáculo/instalação As Minhas Tuas Lágrimas, no fosso do teatro, o público pode perceber que uma apresentação de dança contemporânea agrega hoje várias artes. Neste caso em especial, é dança, música, vídeo, poesia e artes plásticas. A propósit o, a bela e criativa instalação de José Silveira, Mariana Camargo e Tomás Rezende, com suas janelas, portas, lençóis e cortinas, pode ser visitada fora dos horários do espetáculo propriamente dito.
A instalação representa uma casa e o que se vê é um casal no dia a dia de sua convivência, em seus momentos de amor e de conflito. Ainda que reunindo tantas artes em um mesmo espaço e tempo, o pas de deux de dança contemporânea é um dos momentos de As Minhas Tuas Lágrimas. Há outros, porém: as imagens da mulher tomando banho de chuveiro e o texto dito nas formas de música e poesia. Cada forma de expressão toma sua parte no espetáculo e todas se completam e complementam.
No espetáculo Black Swan, de Gilles Jobin (Suiça), apresentado no teatro como convidado da Bienal, são os bailarinos que se misturam aos elementos de cena, bonecos e brinquedos infantis, alternando os papéis de protagonistas e coadjuvantes. ‘Brincam’ com marionetes e as conduzem em uma coreografia própria e lúdica. Tudo com o apoio da iluminação, que soma à performance interessantes efeitos especiais criando uma guerra entre cavalinhos de pelúcia.
A coreografia de Gilles Jobin mistura os homens aos animais e questiona quem é quem, em um autêntico exercício de dança contemporânea. Inquieta, provocadora e instigante.

Deixe seu comentario!

Adicione seu comentario abaixo, ou trackback do seu proprio site. Voce tambem pode se inscrever nos comentarios via RSS.

Seja legal. Mantenha isto limpo. Fique no assunto. Sem spam.