NO BIG BROTHER DO CENA 11
Depois de ter colocado o público para assistir a um espetáculo de dança e videogame, o Cena 11, de Santa Catarina, realizou o seu Big Brother, em SIM ações integradas de consentimento para ocupação e resistência. Ação#3. Para recebê-lo, o fosso do teatro foi transformado em dois espaços, um tablado para bailarinos e 30 pessoas da plateia, e um auditório com cadeiras e duas tevês sintonizadas no primeiro espaço. Os ambientes eram divididos em dois por uma cortina preta.
Do lado da plateia propriamente dita, acompanhei o espetáculo pela televisão observan do a reação do outro público quando os bailarinos tentavam ocupar o seu espaço. Exatamente como o nome do espetáculo, consentia-se e resistia-se ao movimento dos artistas, criando-se uma nova coreografia.
Com o trabalho de Alejandro Ahmed, que assina a direção artística e a coreografia, ficam claros as reações e os sentimentos do ser humano, por meio de suas expressões no rosto e de seus movimentos corporais, especialmente medo, dúvida e confusão. Como o ser humano tem seus escapes e cria seus caminhos mesmo em uma pequena sala.
Ao final da performance, a cortina preta se abre e as pessoas dos dois lados são convidadas a descrever o que viram. “Me senti como um ratinho de teste”. “Parecia um hospital de loucos”. “Quis defender meu direito de ser plateia”. Foram alguns comentários ouvidos pelo grupo catarinense.
O Cena 11 cumpriu sua missão de testar o comportamento da plateia e produzir estados emocionais nesta. O objetivo é ter material para a composição da coreografia final. Foi um teste. Tanto o Cena 11 como o público foram aprovados. (Fernanda Mello).
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