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A NOITE DA DANÇA

2 novembro 2009 Nenhum comentário
STEPTEXT, do corógrafo William Forsythe

STEPTEXT, do corógrafo William Forsythe

Apresentado na noite deste domingo (dia 1º), o espetáculo Petites Formes – La Nuit des Interprêtes, do francês Ballet de Lorraine, foi o primeiro da programação da 6ª Bienal Sesc de Dança a ocupar o teatro. Espaço primeiro e tradicional da arte da dança, o teatro ficou lotado de jovens bailarinas, coreógrafas, casais de namorados e de maridos com suas esposas, senhoras da Terceira Idade, intelectuais e de participantes da bienal, para a alegria e satisfação de quem faz e gosta de dança. Bom ver fila na entrada de um teatro no país do futebol!

No ano da França no Brasil, os bailarinos europeus deram show mostrando toda a sua técnica, disciplina e criatividade com o corpo. Petites Formes – La Nuit des Interprêtes, que traduzido fica Pequenas Formas – A Noite dos Intérpretes, é um espetáculo que mostra para nós, brasileiros, a evolução da dança contemporânea do mundo e todas as suas possibilidades e total falta de limites.

Foram coreografias de curta duração ou atos maiores porém blocados, com trilha sonora formada por música instrumental e também por sons simples, como violino, piano ou barulho de tempestade e cenário clean (apenas um banco foi usado como elemento de cena no início do espetáculo).

Movimentos leves e intensos só com braços, dois corpos (um masculino e um feminino) que se fundem em um só, um solo com a gola do vestido sentada em um banco, um pas de doux com elementos de clássico e contemporâneo. Pequenas forma s e grandes interpretações. Nada de efeitos especiais, somente a iluminação muito bem orquestrada, para destacar, abafar e confundir os movimentos perfeitos. Em um dos solos, a plateia não conteve a surpresa ao descobrir no final que, o que no escuro parecia um acessório que se movia freneticamente, era somente os braços da bailarina.

Tudo que os franceses apresentaram foi a força do movimento puro e cadenciado pelo som ou pela sua ausência. A grande atração da noite foi a dança, em sua essência. E o público adorou e compreendeu, mesmo sem uma palavra ter sido dita, mesmo sem falar francês. (Fernanda Mello)

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