A BIENAL DO PÚBLICO
Esta Bienal está chegando ao fim, e algumas conclusões vêm à tona. A principal delas é de que a dança está muito mais próxima do público. Para usar o tema do evento, conectada. Desde o último dia 1º, o que se viu foi uma série de espetáculos, intervenções e performances onde as pessoas da plateia escolhem a música, dão temas e opiniões, dirigem movimentos dos bailarinos, o local da performance e o seu tempo.
Ficou claro em trabalhos como Jogos Coreográficos, protagonizado por bailarinos de Santos, Jogos de Dança II e III, do Coletivo Gt´aime + Silenciosas (São Paulo), e no Espaço para Dança, do Angioma Organismo de Arte (Minas Gerais), só para citar alguns exemplos.
Em Jogos Coreográficos, o público escolhe a bailarina, a música e o movimento que ela deve fazer, como se fosse um jogo infantil. Em Jogos de Dança II e III, mais precisamente o III, ocorre uma coreografia coletiva entre bailarinos e pú blico – mais as crianças aderiram – em que uns imitam os outros e vice-versa. Em Jogos de Dança II, o tema da coreografia é dado pelo público e os bailarinos improvisam.
No Espaço para Dança, do Angioma Organismo de Arte, a bailarina Cris Oliveira vai até as pessoas que passam na rua para que estas escolham música, figurino, espaço e estilo da coreografia. Ela obedece direitinho os pedidos populares.
Depois, com o gostinho de quero mais, é o público que a segue para ver qual será a próxima surpresa do seu espetáculo.
No final, as perguntas desta bienal são: “O que você quer eu dance”? “O que você pensa e sente sobre a minha dança?”. E a afirmação é a seguinte: “Dançe a sua maneira”. (Fernanda Mello)
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